segunda-feira, 9 de abril de 2012

NOVA MAQUETE 02

Olá Amigos!

Depois de vermos as diversas variações de traçados que podemos colocar em uma maquete, em lugar de simplesmente fazermos um oval, vamos tecer algumas considerações sobre como colocar essas variações dentro do espaço que ocuparia um simples oval.
É certo que, em certos casos, o que mais interessa a um Ferromodelista, além de manobrar seus trens é vê-los percorrerem um cenário bem feito e realista, mas em um espaço limitado como o de um oval, é muito difícil termos espaço suficiente para que isso ocorra de maneira satisfatória, já que além das linhas em curvas, que tomam muito do espaço disponível, sobra pouco espaço para as linhas retas. Como sulucionar isso?
Primeiramente, temos que definir os raios de curva que usaremos em nossa maquete. Isso é mais dependente do tipo de locomotivas que pretendemos usar na maquete.
Se forem locomotivas de dois eixos por truque e, até mesmo, dependendo do fabricante, os raios de curva podem ser menores, como por exemplo:
Locomotivas da Frateschi sejam de dois ou três eixos, rodam satisfatóriamente em curvas com raios de 36cm, enquanto que locomotivas importadas, do mesmo tipo, precisariam de raios maiores que 36cm, preferivelmente. Se forem então locomotivas importads com truques de três eixos, os raios de curva devem ser maiores ainda.
Pela minha experiência, posso afirmar que locomotivas normais, importadas, de truques com três eixos, passam sem problemas em curvas com raios próximos de 55cm. Se quisermos forçar a sorte mais um pouco, podemos chegar a raios de 50cm, mas devemos saber que algumas locomotivas terão problemas ao passar por essas curvas.
O raio ideal para uma maquete que nos dê tranquilidade é algo perto de 60cm, porém para uma maquete pequena, já fica problemático conciliar valores acima desses.
Definido então o raio das curvas que usaremos na nossa maquete, provavelmente já teremos defindo quanto poderá ser, em parte, a largura do nosso tablado.
Normalmente em um oval, faz-se as curvas bem nas beiradas do tablado para aproveitarmos, no máximo o espaço disponível, resta portanto, definir o tamanho das linhas retas para termos então, o provável comprimento do nosso tablado.
Isso também vai ser importante para definirmos o tamanho dos nossos trens, quantos carros ou vagões cada composição poderá tracionar em um trem e qual poderá ser o tamanho dos nosso pátios.
Com esses dados equacionados já podemos ter o comprimento de nosso tablado.
A única maneira de aumentarmos o tamanho dos nossos pátios e linhas retas, é aumentarmos o comprimento do tablado, mas isso também está limitado pelo espaço que temos a nossa disposição, já que se o nosso espaço fosse ilimitado, não haveria necessidade de fazermos uma maquete em um tablado ou em oval, portanto, mesmo com espaço limitado, a nossa meta é usarmos o maior comprimento que pudermos conseuir, juntamente com os maiores raios de curva que pudermos ter.
Então, tendo-se definido a quantidade de linhas independentes, os raios das curvas, o comprimento das retas, trens e pátios para a nossa maquete, está na hora de definirmos que tipo de traçado iremos colocar em nossa maquete.
Ainda antes de decidirmos que tipo de  traçado usaremos, vamos ver mais algumas soluções que podemos adotar para que tenhamos mais comprimento de linha para nossos trens andarem antes de chegar a um ponto terminal, seja ele um pátio ou uma pera.
Na linha que liga o Ponto "A" ao Ponto "B", podemos colocar o nosso oval de modo que ao sair de um desses pontos iniciais, ele possa dar algumas voltas pelo oval, demandando algum tempo para observação e, em seguida começar uma série de manobras para chegar a um dos dispositivos terminais, seja ele um pátio, uma pera, ou um triângulo (veja o desenho a seguir).

Dentro dessa proposta, ainda podemos ter mais algumas variações, como por exemplo o traçado a seguir.
A pera, como demanda mais espaço físico para sua construção, pode ser colocada interna ao traçado Oval, do mesmo modo com o pátio, ou os dois.
Podemos por fim fazer um traçado que se parece com um Oval, mas que não é um Oval e sim dois pontos ligados por uma linha singela bem longa, que percorre o traçado, aumentando consideravelmente, desse modo, o comprimento da linha singela que une os dois pontos terminais (veja a seguir).

Como em um tablado limitado, nunca teremos um comprimento que seja satisfatório para que possamos observar nosso trens por muito tempo, é interessante que antes de chegarmos a um dos terminais, tenhamos uma ligação que retorne a linha principal, desse modo refazendo o Oval.
Nossos trens, ao sair de um dos pontos terminais, percorrerá esse circuito fechado por algum tempo e, em seguida, manobrará para entrar em um dos terminais.
Nossa Nova Maquete portanto, terá um tablado finito, com um traçado que se aproxime de um oval, com um traçado ponto a ponto, ponto a pera ou pera a pera.
Ainda temos mais uma solução que podemos usar para ganharmos comprimento para nosso trens andarem por mais tempo antes de chegar a um terminal.
Podemos fazer a maquete em mais de um nível, mas isso será assunto para uma próxima postagem.

Até lá!

Saudações
J.Oscar